A garrafa encontrada embaixo da escultura de Tiradentes, na praça de mesmo nome, no centro de Curitiba
Restauradores da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) revelaram, na manhã desta quinta-feira (1º), o que havia dentro da garrafa encontrada embaixo da estátua de Tiradentes, na praça de mesmo nome (no centro), em Curitiba, há uma semana.
A estátua de Tiradentes criada por João Turin
Além de uma moeda de 100 contos de réis, com data de 1924, um manuscrito assinado por João Turin, escultor da estátua, e pelo menos outras duas pessoas, aponta a existência de uma “cápsula do tempo”, que estaria escondida em outro local da mesma praça.
A mensagem, com data de 25 de janeiro de 1932, relata a mudança de posição do monumento de Tiradentes na praça e revela que a “capsula do tempo” está na base onde a estátua se encontrava anteriormente.
A estátua foi instalada na praça Tiradentes, o marco zero da capital paranaense, em 1927, e removida do local original poucos anos depois.
Segundo o manuscrito, essa nova “capsula do tempo” contém a primeira página do jornal “O Dia” de 21 de abril de 1927 –Dia de Tiradentes– algumas moedas de níquel e cobre, e uma ata com assinaturas de diversas autoridades.
A prefeitura afirmou que vai analisar formas de encontrar a nova garrafa, mas não apontou o prazo.
A revelação do conteúdo da garrafa aconteceu no Ateliê João Turin, com representantes da FCC, o gestor do projeto de restauração das obras de Turin, Maurício Appel, e o proprietário do acervo do artista, Samuel Ferrari Lago.
Agora o manuscrito e a moeda serão higienizados e ficarão em poder da FCC.
A escultura de Tiradentes, feita pelo paranaense João Turin (1878-1949), está sendo restaurada pelo escultor Elvo Benito Damo e deve retornar à praça em 60 dias.